É impressionante o número de pessoas que encontro que ainda têm dúvida ou confundem assessoria de imprensa com publicidade. Mesmo que os dois serviços cumpram com o papel de comunicar, funcionam de forma totalmente diferente.
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A publicidade é uma atividade profissional dedicada à difusão pública de ideias associadas a empresas, produtos ou serviços, especificamente, criando projetos de campanhas, criação, produção, ações e veiculação de peças publicitárias que façam a propaganda dessas empresas, serviços ou produtos em espaços preestabelecidos, sob encomenda do cliente e pagos. Já a assessoria de imprensa, é uma ferramenta do jornalismo, contratada por clientes, cuja principal tarefa é tratar da gestão do relacionamento entre uma pessoa física, entidade, empresa ou órgão público e a imprensa ou influenciadores.
O objetivo da assessoria de imprensa é fazer empresas ou pessoas virarem notícia, por meio de cobertura editorial (reportagens, notas em colunas, posts etc.) voluntária por parte da imprensa ou influenciador, com apelo informativo e noticioso, não comercial. Em sua maioria, as matérias jornalísticas, independentemente do assunto abordado, apresenta entrevistados, depoimentos ou personagens que ilustrem o texto, dando credibilidade à notícia, que deve retratar uma realidade. Cabe ao assessor de imprensa criar uma ponte que leve empresas, empresários ou profissionais a tornarem-se fontes constantes na abordagem de assuntos pertinentes às áreas em que atuam.
Hoje, a assessoria de imprensa é uma ferramenta importante para os jornalistas das redações, jornais, TVs, rádios, sites, blogs e redes sociais, pois a todo o momento precisam de conteúdo e/ou entrevistados que estejam dispostos a dar depoimentos sobre inúmeros assuntos, e dados de empresas que confirmem estatísticas, pesquisas ou factuais.
Por exemplo, se o Ministério da Saúde anunciar novos dados sobre uma recente pesquisa referente à determinada enfermidade que atinge um grande número de pessoas, será necessário ao profissional de redação procurar o jornalista da assessoria de imprensa de determinado hospital ou clínica ou especialista que poderá endossar ou explicar melhor os números anunciados pelo órgão público e até expressar uma opinião de como a epidemia poderia ser combatida. Para ter maior credibilidade jornalística, as matérias devem ouvir mais de uma fonte.
Atualmente, a informação é imediatista, e a redação precisa ser rápida e eficiente na apuração dos fatos e na busca de dados, entrevistas, imagens e demais informações. Neste processo, as assessorias de imprensa são aliadas do “deadline”, necessário na agilidade da notícia ou conteúdo, pois se o jornalista ou influenciador tivesse que localizar os entrevistados necessários, levaria muito mais tempo para localizá-los . Ainda acontece de alguns jornalistas terem uma agenda requentada com telefones de fontes importantes, mesmo assim, a agilidade e a quantidade de assuntos que giram no dia a dia exigem cada vez mais a busca dos assessores, que normalmente têm todas as informações à mão, incluindo os horários da agenda do eventual entrevistado.
Além disso, hoje existem inúmeros veículos de web e impressos especializados que, além de matérias, costumam dar vitrines e sugestões de produtos diversos, como lançamentos, dicas de consumo, presentes para datas específicas (Natal, Páscoa, Dia das Mães etc.), entre outras temáticas. Neste caso, cabe à assessoria de imprensa deixar os influenciadores e jornalistas, de veículos segmentados ou não, informados sobre as novidades do mercado, a mais moderna tecnologia e opções de artigos diversos.
No caso da televisão, imagens são fundamentais, não dá para falar no crescimento do comércio, indústria ou do agronegócio sem ao menos ter imagens atuais para ilustrar o assunto, entrevistar alguém no local, ou fazer uma “passagem” com o repórter em imagem de fundo estratégico para dar mais veracidade ao assunto. Na maioria das vezes, a empresa terá mais probabilidade de ser fonte e ser mostrada caso tenha uma assessoria de imprensa.
Com isso, verificamos que, atualmente, para que as empresas ou profissionais participem do processo da notícia — ganhando, assim, notoriedade, credibilidade e agregando valor ao institucional da marca, aos serviços ou produtos — é impreterível que contratem o serviço de assessoria.
Mas cabe também aos jornalistas das assessorias de imprensa serem coerentes e terem a sensibilidade de manter os colegas das redações informados e conscientes do perfil e potencial jornalístico das empresas, produtos, serviços ou profissionais para os quais trabalham. Mesmo contribuindo com a notícia do lado de fora dos veículos, esses jornalistas-assessores precisam ter visão e saber enxergar o potencial da notícia existente em cada segmento e, assim, criar estratégias de pautas que atraiam solicitações de entrevistas, imagens e informações.
A maioria das grandes empresas, órgãos públicos, hospitais, indústrias, clubes, associações, profissionais de diferentes segmentos, políticos, jogadores, esportistas e até celebridades possuem esse importante profissional: o assessor de imprensa!
**Autoria protegida Campos da Comunicação
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