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Uma das principais ferramentas da boa comunicação é dar respostas conexas e educadas e passar uma imagem de autocontrole e calma mesmo diante de situações delicadas
As preocupações com a aparência são sempre as mais lembradas por empresas, executivos, profissionais e famosos na hora de uma entrevista ou declaração pública. Porém fica cada vez mais evidente que posturas e declarações estapafúrdias também prejudicam a imagem, colocando em risco eventuais negócios ou oportunidades. Para adquirir uma boa comunicação e evitar gafes, muitas pessoas, como os altos executivos, políticos e celebridades, estão recorrendo ao media training — treinamentos que ensinam como elas devem se comportar diante de câmeras, apresentadores e repórteres.
Uma das principais ferramentas da boa comunicação é dar respostas conexas e educadas e passar uma imagem de autocontrole e calma mesmo diante de situações delicadas. Isso deve ser aplicado em grandes fechamentos de negócios, em apresentações de projetos profissionais ou empresariais e também no cotidiano. A técnica se encaixa ainda em entrevistas de emprego, na conversa com o gerente do banco, na negociação de compra de um novo imóvel e até na apresentação de um trabalho escolar.
Erros como o cometido por Tony Hayward — o ex-presidente da BP, que, diante do acidente do vazamento de petróleo na plataforma continental americana, reclamou dizendo que “queria sua vida de volta” — são inadmissíveis. Pois como alguém que ocupa um cargo de presidente pode reagir desta maneira diante de uma crise?
A Gol Linhas Aéreas foi um bom exemplo de comunicação em 2006, quando 154 pessoas morreram em uma colisão com um jatinho sobre a selva. A empresa contava com uma agência de comunicação que, além de oferecer assessoria diária desde 2001, quando a empresa iniciou, já os treinava para uma eventual tragédia. Sem alardes ou apavoramento, os executivos se portaram bem diante das investidas de reportagens e furos, dando respostas coerentes e oportunas.
Quem pretende construir uma reputação favorável deve saber administrar e controlar as informações. Saber quando, quanto, como e o que falar é fundamental para a boa imagem e, consequentemente, aceitação da mensagem. Por isso torna-se imprescindível se inteirar sobre o que deve ser dito, sobre a empresa, produto ou serviço, acontecimentos e até sobre a própria pessoa. Em casos de entrevistas a jornalistas, primeiro pergunte sobre qual assunto e abordagem , depois se prepare mentalmente ou até faça um ensaio em lugar preservado em voz alta. Procure memorizar as informações relevantes e improvise com conhecimento.
A comunicação ideal é construída com palavras bem pronunciadas, sílaba a sílaba. Seu contexto deve ter uma ou duas mensagens principais a serem transmitidas com ênfase no começo e no fim da entrevista. Empresas que se veem envoltas em desastres ou crises iminentes devem dar uma coletiva em até 12 horas para esclarecimento do seu público-alvo, evitando boatos e falsos juízos que venham prejudicar o negócio. Se, ao ser entrevistado, tiver uma informação que não possa ser revelada, apenas diga polidamente que não poderá falar sobre o assunto no momento.
Há técnicas de relaxamento de tensão durante uma declaração pública. Por exemplo, pode ocorrer que, durante a entrevista, por nervosismo, sua respiração fique ofegante, neste caso, coloque as mãos na cintura e inspire profundamente de forma discreta por três vezes. Outra maneira de desviar o foco da tensão é pressionar o dedão do pé contra o chão até sentir dor.
Deve-se evitar usar palavras difíceis de serem pronunciadas ou termos em outra língua para não errar ou passar a má impressão de arrogância. Para não demonstrar descontrole, evite gesticular com os braços e mãos acima da cabeça ou de forma repetitiva. As expressões do rosto falam e delatam desconforto, irritação ou inverdades, por isso é recomendável não arquear as sobrancelhas, franzir a testa, fechar os lábios com força, morder os lábios, cerrar os dentes, fechar a cara, entre outras. Não coloque as mãos no bolso para não transparecer desinteresse, arrogância ou falta de educação. Lembre-se sempre de que a leitura corporal é uma ferramenta de comunicação poderosa, pois proporciona a compreensão daquilo que não está sendo dito ou que está sendo omitido.
Comunicação e aparência devem andar juntas, pois as duas coisas se completam. Além da preocupação com a fala e expressão, deve vir também a imagem. Por isso é sim muito importante se preocupar com o estilo de roupa, tamanhos corretos e cores. No caso das mulheres, determinados comprimentos de saias ou vestidos, decotes profundos, transparências, cabelos desalinhados, acessórios exagerados e maquiagem carregada podem chamar mais atenção do que a informação a ser transmitida, interferindo no resultado da exposição de forma negativa. Também não é permitido sentar-se de qualquer jeito. Se estiver de terno, puxe o paletó para trás e sente-se em cima do pano, para que o tecido não se avolume na barriga e transmita uma imagem de desleixo, e as mulheres devem evitar gestos e cruzadas de pernas excessivamente sensuais.
A comunicação é uma aliada para melhorar os relacionamentos e representar um
diferencial competitivo, e pessoas capazes de controlar o tom de voz, a linguagem do corpo e transmitir mensagens com clareza se tornam mais persuasivas.
**Autoria protegida Campos da Comunicação
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